domingo, 31 de outubro de 2010

A FAMÍLIA DE VILHENA

FONTES CONSULTADAS:
     
        -Arquivo Geral da História Espanhola
        -Instututo Nacional da História Espanhola
        -WIKIPEDIA - Enciclopedia Livre

        -Torre do Tombo - Portugal
                 Arquivos:
                       Arquivo Nacional da História Portuguesa
                       Arquivo Heráldico e Genealõgico Sanches de Baêna

        -CAP - CM Monte Alegre - Portugal

        -http://www.soniasantana.com.br/
       
        -Arquivo Público Mineiro

        -Cúria Arquidiocesana de Mariana-MG

        -Cúria Diocesana de Campanha-MG

        -Alfredo de Vilhena Valladão - volumes, II e III

        -Olimpio de Vilhena Valladão
                 Dados colhidos na Torre do Tombo - Portugal
                  em 1.911
        

 

Brasão da Família DE VILHENA

Castelo de Villena - cidade de Villena - Alicante - Espanha

sábado, 30 de outubro de 2010

 


OS VILHENA - Página completa


              

                           A  ORIGEM   DA  FAMÍLIA  DE   VILHENA







terça-feira, 3 de agosto de 2010





Dom FernandoIII o Santo ,Rei de Leão e Castela, ortogou a seu filho Manuel de Botgoña e Suabia – que era bisneto do Imperador do Sacro Império Romano Germano, Frederico I Barbaroxa – os Senhorios de Villena. Escalona e Peñafiel. Dentre os Senhorios que lhe fora outorgado por seu pai, DOM FERNANDO III, DOM MANUEL DE BORGOÑA E SUABIA fixou-se no Senhorio de Villena, passando a usá-lo como apelido de família, ao criar a CASA MANUEL DE VILHENA, dando origem a a dinastia MANUEL DE VILHENA.  Dom Manuel casou-se com a Infanta de Aragon Constanza Barcelona e Hungria, filha de Jaime I o conquistador, desse casamento nasceram dois filhos. Casou-se em segunda núpcias com Beatriz de Saboya, filha do Conde de Sabóia Amedeu IV, união que masceu o herdeiro do Infante, o PRINCIPE DE VILHENA, Dom Juan Manuel de Villena e Borgoña Saboya. O terceiro menbro da Casa Manuel de Vilhena, Enrique Manuel de Villena e Castañeda era o sexto e o menor dos filhos do príncipe de Villena, sendo ele extramatrimonial com Inês de Castañeda .

Ainda jovem o Infante Dom Enrique foi levado por sua meia irmã Constanza para a corte Portuguesa, quando ela se casou com Dom Pedro I rei de Portugal, o mesmo que,  mais tarde, apaixonou-se pela famosa Ines de Castro.           
Dom Enrique permaneceu em Portugal mesmo após a morte de sua irmã Constanza, dando assim origem aos Vilhenas de Portugal. D.Enrique passou a grafar o seu nome e o apelido de família, confome o idioma português: HENRIQUE MANOEL DE VILHENA E CASTAÑEDA.

Dom Henrique recebeu de seu cunhado o rei Dom Pedro I de Portugal,casado com sua irmã Constanza, numerosos títulos nobiliários e terras como Senhor de  Castela, de Cascais, dos Passos do Sintra, das terras de Lafões, Montealegre e outros, pelo o que chegou ostentar os títulos de Conde de Sintra e de Cea e Senhor de Montealegre.

Dom Henrique foi casado com  Dona Brites de Souza, dama da nobreza Portuguesa, deixando numerosa descendência de filhos legitimos e ilegitimos com Donzelas da corte Espanhola e Portuguesa.
 ANNA DE SOUZA ALVES DE VILHENA, descendente de Dom Henrique Manoel de Vilhena e Castañeda, moradora no Senhorio de Monte Alegre, casou-se  com ANTONIO GONÇALVES MOINHOS. tambem morador do senhorio de Monte Alegre
Um dos filhos do casal, CAPITÃO  MATHIAS GONÇALVES MOINHOS DE VILHENA, veio para o Brasil em 1.720,  Casou-se  em 1.731, com Josefa de Morais Sarmento, dando origem aos VILHENAS do Brasil.
Residiu inicialmente em São José D'el Rey, atual Tiradentes, tranferindo-se para São João D'el rey, onde foi Juiz Ordinário e recebeu da Corte Portuguesa a Comenda de  Cavaleiro da Ordem de Christo.

Seu filho, Coronel de Milícias, Mathias Gonçalves Moinhos de Vilhena, nascido em são João del Rey, e batizado na Capela particular da família. Casou-se com Iria Claudina Umbelina da Silveira, irmã mais nova de Barba Heliodora. Após o seu casamento, e o insucesso "InconfidênciaMineira",  transferiu-se para Campanha, onde tinha terras e era donatário da sesmaria de Lavras do Funil. Recebeu a comenda de Cavalheiro da  Ordem de Christo, foi Juiz Ordinário e Presiente da Camara da Campanha.

                                       ASCENDÊNCIA DE
                     IRIA CLAUDINA UMBELINA DA SILVEIRA
                                                esposa do
   CEL. DE MILICIAS MATHIAS GONÇALVES MOINHOS DE VILHENA

   


Cacique Piquerobi, pai de

Antônia ( Batira) c/c

Antônio Fernandes, sócio de João Ramalho, 1os povoadores de S. Vicente

Pais de:
Mécia Fernandes, ou Mécia Uçu, c/c

Salvador Pires

Pais de:

Mécia Pires c/c

Bartolomeu Bueno da Ribeira (veio de Sevilha com o pai em 1571)

 Henrique da Cunha (chegou a S. Vicente em 1535) c/c

Felipa Gago

Pais de:

Amador Bueno, o Aclamado c/c

Leonor, irmã de Bernarda, 

Bernarda c/c  Luiz....pai do  1° Anhaguera:

J. Camargo, (origem dos Fleury)  João da Cunha Gago c/c

Catarina Prado

Pais de :

Amador Bueno c/c

Margarida de Mendonça

Pais de:

 Maria da Cunha c/c

Jerônimo da Veiga (veio pa S. Vicente 1606)

Pais de:

Mariana Bueno de Mendonça  c/c  Baltazar de Veiga

Pais de:

Amador Bueno da Veiga, cabo maior dos paulistas na Guerra dos Emboabas c/c
Marta Miranda d’El Rey (falecida 1732)

Pais de:

Baltazar da Cunha Bueno em 1716 -  foi cel. do Reg. de cavalaria em Goiás e guarda mor das......c/c

Mariana Bueno da Rocha Pimentel. de  Minas Gerais. Dos 10 filhos do casal, 9 se radicaram em  Goiás e

Mariana Bueno da Cunha, falecida em 1786 c/c

José Teixeira Chaves

Pais:

Maria Josefa da Cunha Bueno,  moradora em Antas- Go, veio para  são João del Rei, onde casou-se  c/c
Dr. José da Silveira e Souza, vindo de Portugal 1722, bacharel em Coimbra, 

Pais de Iria Claudina  e de Barba Heliodora

Iria Claudiana Umbelina da Silveira, 1768, irmã de Bárbara Eliodora, a Inconfidente , c/c
Cel. Matias Gonçalves Moinhos de Vilhena 1753, em S.ão João del Rey
pais de
Major Mathias Antonio Moinhos de Vilhen  e de
 José Amado da Silveira Bueno de Vilhena que se transferiu para o Rio Grande do Sul, dando origem aos  VILHENAS do sul do Paiz

Major Mathias permaneceu em Campanha, casando-se com Escolástica Joaquuina de Olibeira Caravalho.

O casal teve 12 filhos: Tenente Coronel Domingos de Oliveira  Carvalho de Vilhena

Desembargardor João Bráulio Moinhos de Vilhena, c/c Manoela Augusta Capistano D'Alkimim, filha de João Capistrano D'Alkimim e neta de João Rodrigues de Macedo

pais de:

Dr. João Bráulio Moinhos de Vilhena Júnior, c/c Elisa Emiliana de Vilhena de Paiva.
 
Maria Rita Carvalho de Vilhena, filha do casal Mathias e Escolástica. c/c Seraphim de Paiva Pereira, Portugues radicado no Brasil, fazendeiro e comerciante em Aguas Virtuoss da Campanha (atual cidade de Lambari)

pais de  elisa Emiliana Vilhena de Paiva c/c Dr. J.oão Bráulio Moinhos de Vilhena,
Pais de

Serafim Maria Paiva de Vilhena, c/cMarina Nunes Brandão

Marina Nunes Brandão. Filha de João Chrisostomo Ferreira Brandão, filho do Coronel Martiniano dos Reis Brandão, c/c Ana Alexandrina Ferreira.filha do Comendador Framcisco de Paula Ferreira.

pais de:

Tarcisio Brandão de Vilhena, c/c Circéa Vasconcellos Paes ,

pais de:

Marcos André Paes de Vilhena, c/c Cristiana Maria Gonçalves, Júlio César Paes de Vilhena, c/c Ângela Noronha Renault, Renata Maria Paes de Vilhena, c/c Marco Antonio Campos Guimasrães, Rodrigo Otávio Paes de Vilhena, Tarcisio Brnadão de Vilhena Filho, c[c JulianaTourinho Correa Machado


                     FAMÍLIAS VILHENA/BUENO/SILVEIRA


Bartolomeu Bueno de Porros nasceu em Sevilha e veio para o Brasil em 1571, trazendo a família. Seu filho, Bartolomeu Bueno da Ribeira, casou-se com Mécia Pires, bisneta do cacique Piquerobi e neta de Antônio Fernandes, um dos primeiros europeus a viver no Brasil, onde chegou por volta de 1501/3, provavelmente um degredado. .

Amador Bueno da Veiga, descendente de Bartolomeu Bueno da Ribeira e neto de Amador Bueno, o Aclamado, era tio do primeiro Anhangüera e foi o cabo maior dos paulistas na guerra contra os emboabas. Tendo os paulistas sido chacinados no episódio conhecido como Capão da Traição (ao lado da atual S. João d’El Rey), as mulheres de São Paulo decidiram repudiar seus maridos e filhos caso não vingassem a afronta. Organizou-se uma tropa sob o comando de Amador. No local chamado Ponta do Morro (junto a São José do Rio das Mortes, hoje Tiradentes), estando os paulistas a ponto de uma vitória, retiraram-se, ao saber que uma tropa numerosa se avizinhava em socorro dos emboabas.

Amador Bueno da Veiga foi um dos principais bandeirantes, caçador de índios, dos quais possuía centenas em suas fazendas. Era dono de muitas e muitas léguas de terra, que compreendiam o atual município de Campinas, até a região do rio Mogi, e parte do sul do atual estado de Minas.

Após a descoberta de ouro em Minas Gerais, estabeleceu-se com lavras, por volta de 1703, junto ao rio do Ouro Preto, de onde extraiu muitas arrobas de ouro. O território da mineração se viu ameaçado pelos emboabas, que disputavam com os paulistas o direito de exploração.

Finda a guerra dos emboabas (1709), os paulistas, derrotados, foram obrigados a se retirar da área. Amador voltou para São Paulo, e até sua morte, em 1719, obteve mais terras em sesmaria. Em 1716 Baltazar da Cunha Bueno, capitão de cavalaria, filho de Amador Bueno da Veiga e de Marta Miranda d’El Rey, casou-se em Atibaia com sua prima Mariana Bueno da Rocha Pimentel. Estabeleceu-se em Goiás, com seus filhos e filhas, mais genros e noras. Lá morreu Baltazar, em 1749. De sua descendência pouco se sabe, com exceção de sua filha Mariana, casada com José Teixeira Chaves. Tiveram dez filhos, uma das quais foi Maria Josefa da Cunha Bueno, nascida em Anta, GO, e residente em S. João del Rei após seu casamento.

Maria Josefa da Cunha Bueno casou-se com o Dr. José da Silveira e Souza, nascido em Tomar, Portugal, bacharel por Coimbra, e, segundo antigos documentos que, em 1779, dizem que o Dr. Silveira vivia em S. João d’El Rey há mais de cinqüenta anos, deve ter aí se estabelecido entre 1744/48. O casamento deve ter se realizado por volta de 1758 pois Bárbara Eliodora, primeira filha do casal, nasceu em 1759; o casal teve mais oito filhos e criou a afilhada Teresa, que ficara órfã aos três anos. Dizem alguns autores que Bárbara Eliodora teria nascido quando seus pais ainda vivam em Anta.

Um documento transcrito por M. Rodrigues Lapa mostra que em 1772 o Dr. José pensou em retornar com a família para Portugal, mas não se diz porque desistiu.

Em 1776 volta ao Brasil, com o diploma de bacharel por Coimbra, o Dr. Inácio José de Alvarenga Peixoto, nomeado Ouvidor da vila de São João d’El Rey. Tornou-se amigo de José da Silveira e Souza, cuja filha mais velha, Bárbara Eliodora, tinha à época 15 anos. Alvarenga e o Dr. José tinham muitos negócios em comum. Alvarenga era, entretanto, trapalhão, caloteiro e devedor contumaz. Em Paraopeba foram postas a leilão duas fazendas, pertencentes a um espólio. Alvarenga, que já possuía uma fazenda com engenho na Boa Vista, distrito de Campanha, decide comprar essas terras de Paraopeba. Como ouvidor estava impedido de participar do leilão. Então pediu ao Dr. José que fosse seu testa-de-ferro e as arrematasse como se fossem para si, dando seus bens em garantia e apresentando fiadores. A família do vigário Villasboas da Gama, de S. João d’El Rey, estava interessada na compra dessas terras e abriu processo contra Alvarenga e o Dr. José. Por esta época, 1779, Bárbara, ainda solteira e perto de completar 19 anos, teve uma filha do Dr. Alvarenga, que recebeu o nome de Maria Ifigênia.i

O vigário aproveitou a ocasião para promoveruma campanha de desmorilização da família, ao mesmo tempo em que abria um processo pedindo a anulação do leilão. O escândalo estava formado e os paquins locais

deram ao Dr. Silveira o apelido de Dr. Surdo, por sua atitude passiva. O Dr. Cláudio Manuel da Costa, à época o mais famoso advogado de Minas, era amigo pessoal do Dr. Alvarenga, que o encarregou da defesa no caso da compra das fazendas. Entre outros argumentos do Dr. Cláudio estava o de que os fiadores da compra eram pessoas com fortuna suficiente para garantir o negócio, e entre esses fiadores é citado o capitão Matias Gonçalves Moinhos de Vilhena. Diz também que o Dr. Silveira é rico e possui extensas lavras e numerosos escravos que delas extraem muito ouro.

Alvarenga e Bárbara casaram-se em 1782, por exigência do governador Rodrigo César de Menezes.

Nos antigos documentos as pessoas raramente aparecem com seu nome de família completo (o Peixoto de Inácio José de Alvarenga é raramente citado). Ainda mais que esse nome era uma questão de uso, pois, ao ser batizada, a criança figurava nos documentos da igreja, à época o único registro de nascimento, apenas com seu nome de batismo. A seguir vinha o nome dos pais, com o respectivo sobrenome de família, sendo que a mulher casada, até 1850, continuava a usar o próprio nome, não adotando o do marido. Assim a criança passava a ser conhecida pelo sobrenome que lhe dava o costume, às vezes o do pai, às vezes o da mãe, às vezes o de ambos. Ou até mesmo o de um parente ou padrinho, como forma de homenagem, ou o nome de um santo, em conseqüência de alguma promessa. Muitos imigrantes incorporavam ao sobrenome o nome de sua vila ou cidade portuguesa de origem (Porto, Braga, Guimarães, Viana). Irmãos muitas vezes usavam sobrenome diferente. A mãe do capitão Mathias pertencia à família Vilhena, ilustre família portuguesa, descendente dos Vilhena espanhóis. O filho e homônimo do capitão Matias também é geralmente citado em documentos da época sem o Vilhena. Entretanto, seus filhos com Iria Claudiana Umbelina da Silveira levavam todos o sobrenome Vilhena, transmitido a seus netos, bisnetos, trinetos, etc, .

Dos filhos de Josefa e Silveira temos notícias de alguns. Bárbara Eliodora, evidentemente, é aquela sobre a qual mais se sabe, dada a participação de seu marido na Inconfidência Mineira. Francisca casou-se, não teve filhos e morreu em Lisboa. Ana, solteira, faleceu em 1797. De Maria Inácia Policena sabe-se que foi bonita e que teve casos amorosos conturbados, pois o vigário Villasboas conta em carta ao governador que Alvarenga, embora amasiado com Bárbara e pai de sua filha, ficara escandalizado ao surpreender o escrivão da Ouvidoria, Joaquim Pedro Caldas, no quarto de Inácia, e o havia expulsado a pancada. Inácia teve também um caso com o oficial português Antônio José Dias Coelho, que seria encarregado de prender Alvarenga e levá-lo para o Rio, o que fez com crueldade, mantendo-o a ferros, tão apertados que sua carne se feriu, enquanto os demais prisioneiros recebiam tratamento mais brando. O caso é que Dias Coelho, que já se havia desentendido com Alvarenga por causa da cobrança dos dízimos, desonestara Inácia, e o cunhado da moça o havia expulso a pauladas, então o momento da prisão foi uma desforra pessoal (Manuel Rodrigues Lapa, “Vida e Obra de Alvarenga Peixoto”). Da ligação com Dias Coelho teve Maria Inácia um filho (dezembro 1786), entregue em adoção ao casal Francisco Antônio de Oliveira Lopes e Hipólita Teixeira de Mello, que desempenhariam importante papel na Inconfidência Mineira. O menino, Antônio Francisco Teixeira Coelho, foi mais tarde reconhecido pelo pai, que o contemplou em seu testamento. D. Hipólita também lhe deixou seus bens, muito diminuídos após o degredo do marido e o confisco imposto aos inconfidentes condenados. O rapaz teve 14 filhos, dando origem à numerosa família Teixeira Coelho. Maria Inácia teve ainda duas filhas naturais, citadas no testamento da avó Josefa , sem que se faça menção ao pai das mesmas.

Outro filho do casal Silveira/Bueno foi José Maria da Silveira e Souza, que aos quinze anos já era acusado, ainda pelo vigário Villasboas, de conduta imoral, a ponto de a própria mãe expulsá-lo de casa (carta do vigário reproduzida em Rodrigues Lapa). Mais tarde, apesar de sua irresponsabilidade, Alvarenga entregou-lhe a administração das terras do Paraopeba, empreendimento mal sucedido. Declara Dona Josefa em seu testamento que José Maria esteve em Portugal, com a intenção de formar-se em Coimbra, mas não o fez, e que devem ser descontados de sua parte na herança os três escravos que levou consigo para servi-lo, além de jóias e um cavalo, e também outros escravos que comprou da mãe e não pagou. De Joaquim Maria nada se sabe, nem de Manoel Joaquim da Silveira. Mariana casou-se em Campanha, MG, com o capitão Simão Lopes de Araújo.

A sétima filha foi Iria Claudiana Umbelina da Silveira, nascida em 1768 e casada com Matias Gonçalves Moinhos de Vilhena. Matias, ao casar-se com Iria, em 27de abril de 1789, contando ela 21 anos e ele 35, era viúvo de uma certa Teresa (provavelmente a afilhada do Dr. José) Ao se efetuar o casamento, que teve Alvarenga Peixoto como testemunha, Barbacena já tinha recebido a denúncia de Silvério dos Reis e Alvarenga seria preso menos de um mês depois, em 24 de maio.

O filho caçula do casal Silveira/Bueno foi Inácio José, que, dizem os comentários de Herculano Gomes Matias aos Autos da Devassa, era na verdade filho natural de Ana, dado como filho pelos avós. Pertenceu ao Regimento de Cavalaria da Comarca do Rio das Mortes.

As tais fazendas do Paraopeba, às quais nos referimos anteriormente, compradas por Alvarenga no leilão judicial dos bens de um devedor do fisco, mas em nome de Silveira, jamais haviam sido pagas, devendo o poeta, além do principal, juros e impostos atrasados. Ao se fazer a cobrança de todos os devedores da Fazenda Real, as fazendas foram confiscadas. E mais, o proprietário legal das terras, o Dr. Silveira, foi intimado a pagar toda a dívida. Como todos os habitantes de Minas, o Dr. Silveira devia, e muito, ao erário. Assim, com tantas dívidas a pagar ao mesmo tempo, poucos bens lhe restaram. Desgostoso, morreu dois anos depois da sentença dos Inconfidentes, no mesmo ano em que morreu seu genro no degredo (1793). O capitão Matias fora um dos fiadores da operação e seu herdeiro, o coronel Matias, deve ter sido obrigado a arcar com parte do prejuízo.

D. Josefa viveu ainda vários anos, morrendo em 1806. Tanto ela quanto o marido foram enterrados na igreja da ordem Terceira de S. Francisco, em S. João d’El Rey, de cuja irmandade faziam parte. Dona Josefa diz em seu testamento que suas filhas Iria, Ana e Inácia haviam sido contempladas com doações no testamento da avó Mariana da Cunha Bueno. Da herança faziam parte terras em Goiás, e houve um demorado processo para que Dona Josefa e as filhas pudessem receber a parte que lhes cabia. Inácio José Bueno da Silveira passou dois anos em Lisboa tratando do processo enquanto José Maria ia a Goiás com o mesmo fim. Como a família estivesse empobrecida, para custear a viagem de Inácio José foram vendidos objetos da casa. Queixa-se também D. Josefa de que algumas alfaias de prata de sua propriedade e trazidas de Goiás foram levadas junto com os bens seqüestrados de Alvarenga. A herança recebida de Dona Mariana, e uma casa em Tomar, Portugal, herdada dos pais do Dr. Silveira e doada à filha Francisca, falecida sem herdeiros, revertendo à sua família, foram os bens que restaram aos Silveira.

As irmãs Silveira eram afamadas pela beleza. O desembargador Cruz e Silva, enviado pela Coroa, ao tempo do governador Cunha Menezes (1884), para apurar irregularidades na capitania, dedicou-lhes um poema em que as comparava às deusas da Grécia (publicado em Lisboa em 1809). Nas Cartas Chilenas, Tomás Antônio Gonzaga, ao descrever uma cena doméstica em casa de Alvarenga, refere-se a Bárbara como “mãe formosa”. Min Maria de Jesus Vilhena Braga (filha de Maria Bárbara do Sacramento Vilhena) era neta de Iria e teve a oportunidade de conhecê-la, diz que Maria de Jesus contava a ela, Dolores, que Bárbara e Iria eram bonitas, inteligentes, escreviam poemas e “haviam participado de uma revolução em Minas”. Contava também que em casa de Iria e Matias usava-se o brasão dos Vilhena. .

Os Vilhena descendiam de uma nobre família espanhola, de sangue real; uma Vilhena foi para Portugal casar com o rei D. Pedro I (o mesmo que se apaixonou por Inês de Castro), e o irmão que a acompanhou ali casou, dando origem aos Vilhena portugueses, sendo sua figura mais conhecida Felipa de Vilhena, que armou cavaleiros os filhos ainda adolescentes para que lutassem ao lado do duque de Bragança (futuro D. João IV) no episódio da Restauração. Este episódio é lembrado em um monumento em Lisboa.

O capitão Matias Gonçalves Moinhos de Vilhena veio para o Brasil e se estabeleceu, após a Guerra dos Emboabas, em S. José del Rei (atual Tiradentes), onde foi juiz ordinário em 1721; mudou-se depois para S. João d’El Rey, onde ocupou o posto de capitão-mor, recebeu a comenda da Ordem de Cristo (1731) e casou-se em 1735 com Josefa de Morais Sarmento (casamento celebrado na matriz de N. Sra. do Pilar, onde ambos foram enterrados, tendo ela falecido em 1797). Recebeu várias sesmarias, a última delas em 1760. Os assentamentos da irmandade do Santíssimo Sacramento, na Matriz do Pilar, em S. João del Rei, listam Matias entre os que fazem parte da irmandade desde antes de 1720. Moinhos de Vilhena nasceu em Monte Alegre, Portugal, filho de Antônio Gonçalves Moinhos e de Ana Alves de Vilhena. Em 1763 a assinatura do capitão consta da ata de posse do governador D. Diogo Lobo em Vila Rica. Seu filho, também Matias, nasceu em 31/8/1753, em São João del Rei e foi batizado na capela particular da família. Foi capitão de milícias em Lavras do Funil (atual Lavras) em 1785. Foi dos primeiros colonizadores de Campanha da Princesa (atual Campanha, MG) e em 1799 está entre os que assinam a ata da elevação do arraial em vila.

Iria e Matias tiveram doze filhos. Possuíam terras em Campanha, MG. Os descendentes de Maria Bárbara do Sacramento Braga, filha do casal Iria/Matias, estabeleceram-se em Pouso Alegre, MG, onde e deram origem a inúmeras famílias: Duarte, Osório de Almeida, Americano, Campos do Amaral, Leite, Moreira Salles, Valladão, Cesarino, Abreu e várias outras, espalhadas por todo o sul de Minas. Dolores Vilhena de Araújo Andrade gabava-se de manter relações de amizade com cerca de cem primos e primas.

Outra filha de Iria, Jesuína da Silveira Vilhena, casou-se com o viúvo major José Bernardes da Costa Junqueira, dono da fazenda do Barreiro, no distrito de São Gonçalo do Sapucaí, onde foram descobertas fontes termais. O terreno onde se situavam as fontes foi cedido à municipalidade e aí se formou a estância mineral de Poços de Caldas. José Amado da Silveira Bueno de Vilhena, outro filho de Iria, foi para S. Borja e dele descendem os Vilhenas do Rio Grande do Sul.

                MAJOR MATHIAS ANTONIO MOINHOS DE VILHENA


O Major Mathias Antonio Moinhos de Vilhena nasceu em 1801, na freguesia de São Gonçalo, município de Camanha, filho do ilustre casal Coronel de Milícias Mathias Gonçalves Moinhos de Vilhena e de Dona Iria Claudiana Umbelina da Silveira, irmã de Bárbara Heliodora.

Casou-se, em 1828, com Dona Escolástica Joaquina de Oliveira Carvalho, filha de Domingos de Oliveira Carvalho..

O casal teve doze filhos: Tenente Coronel Domingos de Oliveira Carvalho de Vilhena, casado com D. Maria Úrsula de Freitas; Desembargador João Bráulio Moinhos de Vilhena, casado com Manuela Augusta de Alckmin; Tenente Coronel Mathias Antonio Moinhos de Vilhena Junior, casado com Dona Francisca de Paula Dias; Capitão Antonio Carlos Moinhos de Vilhena, casado com Maria Bárbara de Miranda; Francisco Moinhos de Vilhena, que faleceu jovem; Cônego José Theophilo Moinhos de Vilhena, vigário de Campanha por mais de dezesseis anos; Monsenhor Paulo Emílio Moinhos de Vilhena, vigário geral do Bispado de Campanha; Maria Amália de Vilhena, casada com o Comendador Manoel Ignácio Gomes Valadão; Maria Rita de Vilhena, casada com Seraphim Antonio de Paiva Pereira, natural de Portugal; Anna Edwiges de Vilhena, casada com Antonio de Souza e Silva Brito, português; Maria do Carmo Vilhena e Maria Emília Vilhena, que se conservaram solteiras.

O Major herdou de seu progenitor os sentimentos de honra, de civismo e principalmente de religião e de bondade, transmitidos à sua prole.

As especiais condições de sua família impediram que o Major fizesse estudos mais regulares, pois grande era o número de seus irmãos e, assim, pesados os encargos da casa paterna. Rica a principio, aos poucos, a família viu sua fortuna se exaurir em parte, também, como resultado do insucesso da Inconfidência Mineira, pois seu pai, o Coronel Mathias, era concunhado de Alvarenga Peixoto.

Mathias Antonio Moinhos de Vilhena pertenceu à Irmandade de Nossa Senhora das Mercês, onde foi Prior. Atuou, por algum tempo, como escrivão de Órfãos (1) e se consagrou à agricultura, tendo criado a importante fazenda “Conceição da Vargem Grande”, na freguesia de Vargem Grande, atual Monsenhor Paulo. A carreira política não o seduzia.

Era, porém, um liberal e cumpriu rigorosamente seus deveres cívicos, mostrando-se sempre interessado pelo progresso de sua terra e de sua pátria. Genuíno patriarca, educou seus filhos com seu exemplo das mais apuradas virtudes cristãs. Mantinha em seus hábitos, na sua apresentação e na sua indumentária a linha fidalga, mas, ao lado disso, era um espírito voltado para Deus e para os menos afortunados.

Fazia transportar e hospedava bispos e missionários para a pregação; reparava templos e construía capelas. Compadecendo-se dos enfermos, tornou-se um dos grandes benfeitores da Santa Casa de Campanha, da qual foi eleito seu primeiro provedor quando a inauguro em 1851, desempenhando sua missão com grande empenho, com sacrifícios e com benemerência.

Fez erguer pelos seus escravos, em 1876, uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, protetora de sua fazenda. Ao redor da capela surgiu o povoado de Ponte Alta, que se ligará para sempre à figura de seu filho, Monsenhor Paulo Emílio Moinhos de Vilhena, vigário do bispado de Campanha e que ali vinha para dar assistência aos fiéis do povoado.

O Major Mathias possuidor a princípio de considerável fortuna, viu a mesma diminuir pela sua desambição, pelo vasto auxílio prestado a obras religiosas, pelos gastos na educação de seus muitos filhos e pela caridade que derramou sempre a mancheias; um São Vicente de Paulo inclinado para os pobres, a surpreendê-los com seus socorros, figura bendita por tantos lares campanhenses e habitantes da freguesia de Vargem Grande.

Cercado pelo carinho de familiares e amigos, o Major Mathias faleceu piedosamente em Campanha, no ano de 1886. O jornal “O Despertador”, daquela cidade, assim anunciou seu falecimento:

“Com o passamento do major Mathias perdeu a Campanha um de seus mais distintos e honrados cidadãos, um verdadeiro patriota que nunca poupou esforços para o engrandecimento material e moral desta terra, que está cheia de seus benefícios.Muitas vezes, o major Mathias, guiado pela justiça e pelos doces sentimentos que inspira a religião do Cristo, livrou da miséria famílias inteiras. O nome do major Mathias está gravado com letras indeléveis no coração dos pobres, e este é o seu maior padrão de glórias. No dia 8 houve o seu enterramento, sendo imenso concorrido, o que prova exuberantemente quanto era considerado”



(1) Escrivão dos órfãos era o oficial público que atuava com a autoridade do juiz dos órfãos, reduzindo a escrito todos os atos dos processos que cabiam ao dito juiz. Era cargo de provimento real que tinha mandato de três anos, devendo o candidato possuir no mínimo trinta anos de idade.

Major Mathias – Transcrição do texto de Francisco de Paula Belato

Tarcisio Brandão de Vilhena

Agosto de 2010


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sexta-feira, 30 de julho de 2.010 - Castelo de Villena - Alicante - Espanha



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Dr. Serafim Maria Paiva de Vilhena



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quinta-feira, 22 de julho de 2010Dr. João Braulio Moinhos de Vilhena Júnior





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Desembargador João Braulio Moinhos de Vilhena


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quarta-feira, 21 de julho de 2010 - Major Mathias Antonio Moinhos de Vilhena, o Patriarca da Família Vilhena

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quarta-feira, 14 de julho de 2010 - Brasão da Familia Villena

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vigário Geral da Diocese da Campanha -

Campanha na passagem do século - 1° de janeiro de 1.900 - Praça da Matriz
Conego José Teóphilo Moinhos de Vilhena - Vigário da Campanha
e seu irmão
Monsenhor Paulo Emílio Moinhos de Vilhena - Futuro Vigário Geral da futura Diocese da Campanha

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Família Brandão de Vilhena
Dr. Serafim e Dona Marina
Ana Maria de Lourdes, Maria Elisa, Serafim Jr., Maria Eugênia, João Bráulio, José Augusto, Maria do Rosário, Tarcísio, Luiz Paulo, Ruy e Mauricio
Dona Elisa e Dona Maria Carlota
DOUTOR JOÃO BRÁULIO MOINHOS DE VILHENA JÚBIOR




Nasceu em 23 de julho de 1.860, filho do ilustre Desembargardor João Bráulio Moinhos de Vilhena e Dona Manoela Augusta Capistrano D’Alkimim de Vilhena;



Formado pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1.886, alem de profissional de reconhecida competência, era jornalista brilhante, político de grande prestigio, orador fluente e parlamentar respeitado e atuante.

Em 1.893 foi eleito deputado, tomando parte na sessão legislativa desse ano e do seguinte do Congresso do Estado de Minas Gerais. Voltou a ser eleito nas legislatura de 1.903 e 1.906, tendo sido nessa última, Presidente da Câmara.

A sua atuação na legislatura Mineira foi das mais marcantes e fecundas, destacando-se no plenário com orador de largos recursos e nas comissões de saúde e de orçamento com os seus aprimorados conhecimentos dos assuntos a elas pertinentes..

No governo do grande estadista, Dr. João Pinheiro da Silva, passou a ocupar a importante Secretaria das Finanças do Estado de Minas Gerais.

Homem público de grande prestigio politico e com extraordinária visão de futuro, o dr. João Bráulio Júnior,  antes mesmo de sua viagem a Europa, em missão oficial e extraordinária do governo do Estado de Minas Gerais,   ja estava indicado pelo PRM, Partido Rebublicano Mineiro, para ser o sucessor do dr. João Pinheiro - e com aval desse - na governança do Estado de Minas Gerais

A 23 de julho de 1.907. empreendeu viagem a Europa em Missão oficial do governo Mineiro para resolver assunto de natureza financeira do governo Mineiro e, também, para tratamento de saúde

Em principio de 1.908 foi operado de antiga enfermidade, em LOUSSANNE, Suíça, pelo famoso cirurgião Dr. Roux.

Regressando a Paris mais tarde, com seus familiares, sofreu gravíssimo acidente de automóvel, quando deixava um templo que fora visitar, próximo ao centro da cidade Luz, vindo a falecer., apesar dos socorros médicos, só se salvando a sua esposa, uma filhinha de pouca idade e uma criada que tambem ocupava o veículo sinistrado

O prestigioso jornal Campanhense, “Munitor sul Mineiro”, em sua edição de 13 de julho de 1.908, estampou, com destaque, a seguinte notícia sobre a lamentável ocorrência:

“ Despachos telegráficos de Paris dão-nos a triste notícia do horroroso desastre de que foi vitima nosso caro amigo e ilustre conterrâneo, Dr. João Bráulio Moinhos de Vilhena Júnior e sua exma família, ao sair da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, nos arredores de Paris e de seu falecimento em decorrência dos ferimentos recebidos. Dizem ainda os referidos despachos telegráficos que na tarde de 5 do corrente, o Dr. João Bráulio, sua esposa e uma filhinha de pouca idade, conduzida por uma criada, regressando de uma Igreja, de automóvel, quando o pneumático de uma das rodas arrebentou, fazendo com que o veículo capotasse e projetasse ladeira abaixo por uma distância de cerca de 10 métros. Socorridas as vítimas por populares, foram de imediato, recolhidas ao hospital Leviboisiére, onde apesar dos esforços médicos´, veio a falecer na tarde desse dia, salvando-se os outros passageiros do veículo”.



O já citado jornal “Monitor Sul Mineiro” de 19 de julho de 1.908 dava, com detalhes, as seguintes informações da chegada dos restos mortais do inditoso médico Campanhense:

“Como estava anunciado, chegou a bordo do vapor “AVON” o corpo enbalsamado de nosso ilustre conterrâneo, Dr. João Bráulio Moinhos de Vilhena Júnior, que no dia 5 de julho foi vítima de um desastre de automóvel em Paris. O cadáver do malogrado brsileiro foi acompanhado pela viúva, uma filhinha e mais um filho que estudava na Alemanha.” {*}



O veterano “Jornal do Comércio”:de 28 se julho de 1.908, dava os seguintes informes sobre a chegada do corpo do Dr. João Bráulio no porto do rio de Janeiro:



“A bordo do Paquete Avon , chegou ontem os restos mortais do Dr. João Bráulio Moinhos de Vilhena Júnior, acompanhado de sua família. A viúva foi recebida pelo Ministro da Viação , Dr. Francisco Coelho. O féretro foi transladado para a Capela do Arsenal de Guerra, onde ficará até a partida para Belo Horizonte e depois para a cidade de Lambari.

O Presidente da República será representado pelo Almirante Alexandrino de Alencar, ministro da Marinha. O presidente do Estado de Minas Gerais, deliberou prestar ao malogrado auxiliar e amigo no governo, as mais vivas demonstrações de pezar, fazendo-se representar na chegada do corpo ao porto do Rio de Janeiro pelos senhores doutores, Alves Pinto, Prefeito de Belo Horizonte, Carvalho Pinto, secretário de Estado, Comissão do Senado Mineiro e Câmara dos Deputados de Minas e outras”
Estavam presentes tambem, representantes das cidades De Campanha e de Lambari

Texto transcrito do livro “NOTÍCIAS HISTÓRICAS DA CIDADE DA CAMPANHA” de autoria do ilustre advogado Campanhense,

DR. ANTONIO CASADEI

Do Instituto Histórico e Geográfico da Campanha

Do Instituto Histórico de Niterói

Do Instituto Histórico e Geográfico de Campos

Do Instituto Histórico e Artístico de Paraty

Do Instituto de Estudos do Vale Paraibanos de Guaratinguetá

Da Academia Sul Mineira de Letras



                                                     {*} O filho Serafim estudava na Suíça.

Palácio de Sintra - Residencia de Dom Henrique Manuel de Vilhena e Castañeda


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Interior do Palacio de Sintra

Palacio de Sintra- resdencia de Dom Henrique Manuel de Vilhena e Castañeda-Conde de Sintra

ASCENDÊNCIA DOS VILHENA E DOS BUENO

A família Fleury, descende dos Vilhena, dos Bueno e do chefe tupiniquim Piquerobi e também de Tibiriçá, através de João Ramalho. Este é um dos personagens misteriosos de nossa História. Não se sabe como veio parar no Brasil, onde a expedição de Martim Afonso de Sousa o encontrou em 1532, um náufrago ou degredado, vivendo com uma esposa índia, Bartira, filha de Tibiriçá. Com o sócio Antônio Rodrigues, amancebado com uma filha do cacique Piquerobi, traficava pau-brasil e escravos indígenas para as naus de várias nacionalidades que aportavam a S. Vicente. Indo viver no planalto de Piratininga, onde o sogro Tibiriçá tinha sua aldeia, foi requisitado para ajudar na fundação de S. Paulo.
Os jesuítas se escandalizaram com a vida desregrada que levavam os primeiros europeus a se estabelecerem no litoral paulista, todos praticando a poligamia. Sua primeira providência foi batizar os índios. Como esses portugueses geralmente possuíam uma esposa legítima em Portugal, não foi possível casá-los religiosamente, como desejavam os padres.
Bartira recebeu no batismo o nome de Isabel e Tibiriçá recebeu o nome de Martim Afonso. João Ramalho morreu em 1580, com mais de 95 anos de idade, deixando uma infinidade de descendentes mestiços. A filha de Piquerobi, que vivia com Antônio Rodrigues, recebeu o nome cristão de Antônia. Piquerobi, irmão de Tibiriçá, chefiava a aldeia de Ururaí, atual S. Miguel Paulista; não quis se aliar aos portugueses, como fez seu irmão, mantendo-se arredio. Liderou uma rebelião contra os invasores, na qual foi morto por Tibiriçá. Os primeiros colonizadores vinham geralmente desacompanhados de família, e aqui se casaram com os descendentes desses quatro personagens, presentes na árvore genealógica das mais antigas famílias paulistas.

Manuel Rodrigues Lapa – Vida e obra de Alvarenga Peixoto, Instituto Nacional do Livro. Mais informações nos Autos da Devassa.
Testamento de Maria Josefa da Cunha Bueno – Revista Vozes de Petrópolis, set/out 1954.